(Carlos Chaves. Crédito: Renan Perobelli)

Por Giulia Costa

O Acervo Digital do Violão Brasileiro lança nesta segunda-feira (16/09) a partitura de Memórias de um Abreu, que é uma das peças selecionadas pelo Concurso Novas 3 e representa uma homenagem de Carlos Chaves ao seu antigo violão Sergio Abreu, que foi roubado na época em que a compôs. “Acabei fazendo a música para não esquecer dele”, comenta. “É um título um pouco ‘tragicômico’”.

A obra é um choro composto há vários anos, na mesma época é que criou a peça Choro de Bela (gravada no segundo CD do Maogani, de 2001). Mas permanecia inédito até o sugirmento da terceira edição do Novas, no final de 2015. A primeira parte de Memórias de um Abreu é repleta de elementos contrapontísticos, com vozes que vão de uma região para a outra, começando no agudo e indo até o grave; já a segunda parte possui uma harmonia contemporânea. “É um pouco mais dissonante do que o choro tradicional. Não gosto de chamá-la de moderna”.

Chaves conta também que esse choro é influenciado pelo estilo do Garoto e do Guinga, importantes referências musicais para o autor.

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