(João Camarero)

Por Giulia Costa

João Camarero estava na casa de Cristóvão Bastos conversando sobre música quando começou a dedilhar despretensiosamente em seu violão, despertando o interesse do compositor. “Ainda não era uma música pronta, mas a primeira parte da melodia eu já tinha”, conta Camarero. “Ele pegou um violão também e foi fazendo a segunda parte, sugerindo ideias. Eu fiquei fascinado ao ver uma referência para mim naquele momento de criação”. Assim surgiu Vento Brando, uma parceria entre os violonistas destinada ao Concurso Novas. A peça acabou sendo finalizada posteriormente, em um segundo encontro os músicos, no qual desenvolveram o arranjo da canção.

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Vento Brando foi muito importante para que Camarero começasse a compor seriamente. Antes da parceria com Cristóvão, o músico raramente mostrava suas ideias para outras pessoas. “Eu saí da casa dele em êxtase nesse dia. Eu acho que essa peça foi uma libertação dessa amarra que eu tinha em relação à composição”.

Para Camarero, o processo de composição é guiado pela busca pelo belo, por uma melodia marcante e cantábile que desperta alguma emoção em quem a escuta. “Eu acho que beleza é relativa, mas procuro sempre um resultado estético atraente, mesmo que a peça possua alguns momentos difíceis de ouvir”.

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